Socorro, tem veneno no meu pratinho

Esse tema é tão complicado e pouco discutido…

…que a gente acaba bem confuso e cheio de perguntas. Será que faz mal? Será que usam demais? Será que dá problema? E os pequenos, o que fazer?

Lá foi o Greenpeace investigar como anda o nível desses produtos em alguns dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros e adivinha o que descobriram? Tem agrotóxico demais na nossa mesa.

A análise foi realizada levando em conta 50 amostras de alimentos comuns no dia a dia de toda família. O resultado foi que mais da metade tinham resíduos de agrotóxicos e boa parte em uma quantidade imprópria para o consumo.

Entre os itens “temperados” demais, o pimentão está no pódio com um monte de irregularidade, o tomate também aparece bastante, mas o campeão de problemas é, quem diria, o mamão: a fruta apresentou inclusive resíduos de um veneno agrícola proibido no Brasil.

Tem veneno no arroz, no feijão, na couve e no mamão

Já pensou que um papá bem trivial, pensado pra ser saudável, pode ter mais tipos de agrotóxicos do que variedades de alimentos? Isso acontece porque, muitas vezes, um único vegetal ou fruta pode receber mais de um tipo de defensivo para garantir a produtividade. No fim, a gente acaba comendo uma salada de veneno sem nem saber.

As entidades que questionam o uso dessas substância indagam, entre muitas outras coisas, como acontece a interação de todos esses compostos no nosso corpo.

Outro fato importante é que os agrotóxicos que consumimos vão se acumulando no organismo e podem levar a algum tipo de doença crônica. Várias pesquisas mostram a relação dos defensivos com problemas neurológicos, endócrinos e imunológicos, além de questões de infertilidade e câncer, já pensou?

Se o risco das doenças crônicas acontece porque nós viramos um depósito ambulante de todo o veneno que consumimos ao longo da vida,no corpo das crianças isso é ainda mais grave.

O problema é que a enzima responsável por filtrar um pouquinho do que absorvemos desse tipo de substância só vai ser produzida em quantidade suficiente após os 7 anos de idade, e até lá, os pequenos estão mais expostos às consequências ruins desse consumo. Alguns estudos mostram que, na meninada, a exposição a pesticidas está relacionada à hiperatividade, distúrbios de comportamento, de aprendizado, atrasos no desenvolvimentos e disfunção motora. Vale lembrar também que quanto mais cedo a turminha é exposta aos agrotóxicos, maiores os estoques no futuro.

Saúde é o prato do chef

A grande questão é que não dá, simplesmente, para tirar do pratinho as frutas e legumes: se a gente já imagina os efeitos dos agrotóxicos a longo prazo na saúde das pessoinhas, o que a gente tem certeza é que abrir mão desses nutrientes tem um efeito ainda pior que não demora para aparecer.

O ideal é escolher produtos orgânicos ou agroecológicos que são cultivados de maneira mais sustentável e livre desses químicos, que fazem mal pra gente e pro mundo. Quando não der, o melhor é sempre escolher frutas e verduras da época que, por terem as condições naturais pra se desenvolverem, precisam de uma quantidade menor de pesticidas. Outra dica é substituir alguns alimentos mais problemáticos por outros que tenham um perfil nutricional semelhante. A gente aqui no Gourmet Jr. está sempre de olho em tudo o que acontece com os legumes, verduras e frutinhas para te ajudar a plantar saúde aí na sua casa.

E você, sabe de onde vem os alimentos que coloca no carrinho da feira?

O Gourmet Jr recomenda a consulta de um profissional especializado em caso de dúvida quanto a qualquer informação disponível no portal.