Aprender a comer bem é tão importante quanto reunir as primeiras letras, se não dermos aquele incentivo pra turminha, eles não vão conseguir entender que aqueles risquinhos formam palavras. Colocar esse conhecimento no papá é essencial para a saúde que vai para a vida toda.
Nos últimos anos a obesidade e a desnutrição tem andado bem juntinhas: apesar do quadro mais comum de falta de nutrientes continuar sendo o baixo peso, as crianças mais gordinhas também podem apresentar deficiências como anemia.
Pensando nisso, o Centro de Recuperação e Educação Nutricional (Cren), ONG paulistana, criou uma iniciativa que tem como objetivo a alfabetização do paladar de pequenos que chegam ao serviço desnutridos, seja porque comem pouco ou porque comem mal.
Nós reunimos algumas sugestões desses especialistas para ajudar você a garantir que a criançada seja fluente em vários alimentos.
O paladar se forma até os 3 anos e o único jeito das crianças aprenderem a gostar de tudo é conhecer. Varie sempre cores, sabores e texturas. Mostre o que é bom e aproveite sempre pra dar o exemplo.
Cuspir e fazer careta é uma reação normal. Especialistas dizem que é preciso oferecer até 15 vezes um alimento para que as pessoinhas se acostumem.
Nem mais uma colherada. Ajudar a meninada a entender os mecanismos de fome e saciedade e respeitar suas vontades é muito importante para criar hábitos saudáveis.
Aquela história de que qualquer coisa é melhor do que ficar de barriga vazia não é bem verdade. É melhor pular uma refeição do que substituir por biscoitos, alimentos lácteos ou outros ultraprocessados cheios de açúcar, gordura e aditivos que viciam o paladar e dificultam todo o processo.
Sabe aquela barganha comum desde que nós eram pequenos que prometia sobremesa para quem comesse tudo? Esqueça. Isso só reforça que os alimentos saudáveis são ruins e o prêmio por comê-los é um prato cheio de açúcar.
Com essas ideias, você vai criar poliglotas em alimentação saudável.
Tem mais dicas para ajudar as crianças a comer bem- e gostar? Conta pra gente.