A fase de introdução alimentar é muito especial para as crianças, pois elas começam a descobrir novos sabores e texturas. Também é nessa fase que os papais costumam ficar mais apreensivos com a possibilidade de os pequenos engasgarem com os alimentos. Por isso é tão importante saber reconhecer a diferença entre engasgo e reflexo de GAG. Já ouviu falar sobre? Conheça um pouco mais desse mecanismo de defesa dos nossos filhotes.
Aprender a comer alimentos sólidos é um processo na vida dos bebês, porque é necessário trabalhar novos músculos da boca, além de compreender novas texturas e sabores. Essas novas experiências fazem com que nossos filhotes tenham o reflexo de GAG, uma espécie de proteção das vias aéreas que faz um alimento mal mastigado voltar para a frente da boca, muito parecido com uma ânsia de vômito.
Ao contrário do que muitos imaginam, esse reflexo não faz mal, já que ocorre principalmente para evitar que o bebê engasgue com o alimento. Isso é muito comum durante as primeiras semanas de introdução alimentar, momento em que o bebê ainda não aprendeu como organizar os alimentos dentro da boca. O GAG também é “ativado” por alimentos muito grandes ou que vão parar em algum lugar indesejado da boca. Os bebês chegam a devolver o alimento que causou o reflexo ou apenas mastigam e engolem novamente.
Geralmente, o reflexo de GAG é mais fácil de ser disparado com alimentos pastosos e sólidos, já que os líquidos passam rapidamente pela boca e, muitas vezes, não ativam esse reflexo de defesa. Por isso, é muito mais comum que os bebês engasguem com suco, água, etc.
Muitas vezes acabamos confundindo reflexo de GAG com engasgo, mas existem alguns fatores que os diferenciam. No GAG, por exemplo, a criança tenta engolir um alimento e não consegue, sendo assim, acaba com uma sensação de ânsia, tosse e coloca para fora ou apenas mastiga e engole novamente.
Já o engasgo ocorre quando o bebê tem a garganta parcialmente ou completamente fechada por um alimento. É importante ficar atento quando os bebês não apresentarem reação ou não conseguirem respirar.
Os pais – ou qualquer adulto que esteja por perto – pode se assustar com o reflexo de GAG e tentar interferir para tirar a comidinha da boca do bebê. Porém, isso pode fazer com que o bebê acabe realmente engasgando. Diante deste tipo de situação, é ideal ficar calmo, falar palavras calmantes ao bebê e tentar não assustá-lo. Com o passar do tempo, os pequenos vão aprendendo a mastigar e se adaptam às novas texturas, o que fará o reflexo de GAG diminuir naturalmente.