Porções exageradas podem levar à obesidade
Um estudo em diversos países mostrou que restaurantes no mundo todo, inclusive no Brasil, estão exagerando no tamanho das porções e isso pode influenciar o ponteiro da balança!
Estudo realizado no Brasil, China, Finlândia, Gana, Índia e Estados Unidos descobriu que 94% das refeições servidas nos restaurantes contém muito mais que o número recomendado de calorias.
Qualidade e quantidade
O papá do brasileiro pode ter muitos alimentos saudáveis, mas é importante ficar de olho também na quantidade que vai no pratinho! Na pesquisa publicada no British Medical Journal, os autores encontraram muitas refeições com porções muito grandes e uma quantidade de calorias pra lá de exagerada. Um exemplo é um dos nossos tradicionais PFs com arroz, feijão, frango, mandioca, salada e pãozinho, que totalizou 841g e 1.656 kcal. Para você ter uma base, a quantidade recomendada para mulheres adultas sedentárias é de 2.000 kcal. Ou seja, depois de um almoço desses só sobram 344 kcal para as outras refeições.
A gente sabe que comida de verdade é mil vezes melhor do que aqueles ultraprocessados, cheios de açúcar, gorduras e corantes. Mas essa balanço entre a quantidade de calorias que ingerimos e que gastamos é fundamental para manter um peso adequado. Essa pesquisa veio para dar o alerta: comida de qualidade é bom, mas é importante também ficar de olho na porção.
De grão em grão…
De modo geral, nós temos um corpo muito sábio que apresenta um mecanismo de compensação: quando comemos porções muito grandes no almoço, por exemplo, acabamos não sentindo tanta fome no jantar. Mas nem sempre esse mecanismo funciona, obesidade, estresse e o hábito do comer emocional pode deseducar nosso organismo. Respeitar a fome dos pequenos e não forçar que comam “só mais uma colherzinha” quando estão satisfeitos é um dos modos de deixarmos essa sabedoria sempre afinada. Afinal, nascemos com essa regulação interna do apetite.
Nem sempre é fácil saber qual o tamanho ideal da porção que devemos servir para os nossos pequenos. Para isso, a dica é medir a quantidade de cada alimento pelo que cabe na palma da mão de quem vai comer. E isso vale para toda a família. Se o pequeno ainda estiver com fome depois de raspar o pratinho, ele vai pedir mais. Aí a gente vai de pouquinho em pouquinho e fica mais difícil exagerar.
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