Não consigo amamentar! E agora?

O aleitamento materno é um ato de cuidado e amor, mas também é um desafio para muitas mulheres. Confira relato de uma mamãe e suas maiores dificuldades com a amamentação.

Esta fase é cheia de surpresas, medos e muitos aprendizados.
Mas e se não conseguir amamentar? E agora?
Trouxemos um pouco da história, medos e aprendizados de uma mamãe que teve dificuldades.

Um dos processos mais naturais da maternidade é a amamentação e muitas mulheres, desde o início da gestação, sonham com o aleitamento materno. Inclusive, o preparo para esse momento muita vezes acontece antes do bebê chegar ao mundo com aulas para gestantes, pré-natal, dicas das amigas, avós, titias e outras pessoas do seu círculo de convivência.

O periodo é cheio de descobertas e desafios que, geralmente quem os enfrenta são as mães. Mas e os parceiros(as), outros familiares e demais grupos de apoio? Será que estão preparados e bem informados?

 

A Cobrança Interna

“A minha experiência de amamentação foi muito difícil. Foram muitas cobranças por não conseguir amamentar a minha filha. Eu não tinha leite e nós, mulheres, botamos na cabeça que a criança depende muito de nós e não poder atender essa demanda é muito frustrante”, afirma a mamãe de primeira viagem Cristiane Chiari. Entretanto, as barreiras para amamentar quando o processo tem que acontecer na prática são muitos.


Na grande maioria das vezes, a responsabilidade e o preparo é totalmente focado no público feminino, o que acrescenta ainda mais pressão e estresse a um momento que deve ser de tranquilidade, nutrição, afeto e conexão. “Algumas mulheres conseguem amamentar seus filhos sem dificuldades, outras não, e isso não é problema. Existem diversos fatores que influenciam na fase do aleitamento materno, como: a pressão da família, insegurança, cansaço, estresse, a entrada da nova rotina e etc”, destaca a nutricionista Fernanda Saccoletto.

Falta de Suporte e Incentivo à Amamentação

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos seis primeiros meses de vida apenas  40% dos bebês são exclusivamente alimentados com leite materno. Em países de média a alta renda, o índice chega a 28,7%, no Brasil chega a 38,6%.

“Tive pouco suporte sobre a amamentação no meu pós-parto, mesmo sendo atendida em um bom local. A Julia foi nutrida de outras formas e eu não sabia o que fazer ou onde me informar melhor na época. O meu leite secou e ela foi para a fórmula”, completa a mamãe.

Aleitamento Materno em 2019

Para conscientizar a população, a Aliança Mundial para Ação em Amamentação (World Alliance for Breastfeeding Action – WABA) criou o slogan “Capacite os pais e permita a amamentação, agora e no futuro!” para a Semana Mundial do Aleitamento Materno de 2019. O objetivo é criar empoderar e informar não só os pais, mas todo o círculo familiar e rede de especialistas que acompanham as mamães durante a gestação sobre a importância do aleitamento materno.

Em nota, a WABA também defende que parceiros(as) também devem buscar aprender estratégias de apoio à amamentação para auxiliar as mamães com suas fragilidades e o que elas precisam. Ressaltam também a importância da comunicação entre ambos para caminharem juntos nos desafios do aleitamento.

“Os medos eram muitos. Tinha receio dela passar fome pelo meu leite não ser o bastante, as adaptações à fórmula, ela não arrotava nunca e tinham as mudanças com o meu corpo. Era muita coisa passando pela minha cabeça de uma vez só. São situações que a maioria não entende, só nós, as mães”, completa Cristiane.

E importante lembrar que o vínculo entre mãe e bebê é construído no dia-a-dia, com todo o cuidado, carinho e colo que podemos oferecer. É a fórmula oferecida com olho no olho, é a troca de fralda, é o banho quentinho, o abraço apertado e soninho aconchegado. Cada pequeno gesto de amor alimenta os laços entre mãe e filho.

O Gourmet Jr recomenda a consulta de um profissional especializado em caso de dúvida quanto a qualquer informação disponível no portal.