Farinha, gordura e açúcar dominam as gôndolas dos supermercados

Alimentos ultraprocessados possuem uma variedade baixa de nutrientes e podem causar obesidade, que está ligada à diversas doenças metabólicas.

O futuro é agora

Quando a gente pensa no futuro, sempre imaginamos as pessoas com mais saúde e vivendo mais. Quem não se lembra do desenho dos Jetsons com toda a sua tecnologia a serviço daquela divertida família? Nunca imaginaríamos que o pequeno Elroy poderia ter doenças que acometiam apenas pessoas com idade mais avançada na década de 60, quando o desenho foi lançado. Mas é exatamente isso que está acontecendo no mundo todo. A boa notícia é que de 2019 para 2063 ainda há um bom caminho, e podemos ajudar a melhorar muito o cenário da saúde infantil até lá!

Os vilões da história

A jornalista argentina Soledad Barruti publicou um livro, “Mala Leche” (sem tradução para o português), que conta sobre os riscos dos alimentos ultraprocessados para a saúde. Curiosa sobre o que o seu filhote de dez anos estava consumindo, ela começou a analisar os rótulos dos alimentos da sua dispensa. Para o seu espanto, o pequeno ingeria mais de 7 colheres de sopa de açúcar por dia vindas só das caixinhas, entre sucos, biscoitos, cereais, iogurtes, alimentos congelados e guloseimas.

A gente não se cansa de relembrar que essas comidas ultraprocessadas são ricas em calorias e pobres em variedade. De acordo com Soledad, a maior parte delas são compostas basicamente de farinha, gordura, açúcar e um punhado de aditivos químicos para venderem cores e sabores que não são de verdade. O resultado? Paladar e olfato muito confusos e mal acostumados, que vão se esquecendo do que é um papá de verdade e vão “viciando” em algo nada saudável.

O grande problema desse tipo de comida é que elas iniciam um efeito dominó nada bonito de se ver: sobrepeso, que leva à obesidade, que pode gerar doenças como diabetes, hipertensão e outras doenças metabólicas. Com uma qualidade baixa de ingredientes, que os tornam mais baratos do que a comida fresca, esses alimentos de mentira acabam agredindo o corpo que responde adoecendo no longo prazo.

Depende de nós

Mas nós, consumidores, temos o poder! Precisamos nos unir e exigir, por exemplo, que o papá na escola seja mais saudável, livre de ultraprocessados. Precisamos valorizar os alimentos produzidos nas redondezas e por pequenos produtores nas feiras livres. Além de cobrar o governo de políticas públicas que incentivem a produção e o acesso aos alimentos naturais e às informações sobre o assunto.

O Gourmet Jr recomenda a consulta de um profissional especializado em caso de dúvida quanto a qualquer informação disponível no portal.