Atenção em pratos limpos
O incentivo para limpar o prato pode não ser a melhor ideia para criar bons hábitos alimentares. Venha saber mais sobre a saciedade dos nossos pequenos.
Um bocado de comida
Toda hora estamos ouvindo- ou falando- das pessoinhas que não comem, ou comem pouquinho. Mas será mesmo que é tão pouquinho assim? Quanto uma criança precisa comer? Será que alimentos em exagero, mesmo que saudáveis, não podem fazer mal? Mas se comer pouco, será que vai se desenvolver? Pequenos que comem tudo são motivo de orgulho pra toda a família. Quem nunca fez festa quando o filhote raspou o pratinho? Apesar de um costume superpresente em nossa cultura, o incentivo para limpar o prato pode não ser a melhor ideia para criar bons hábitos alimentares.
Só mais uma colherada
Toda hora estamos debatendo a qualidade do que colocamos no papá, mas muitas vezes não paramos para pensar que podemos estar exagerando na quantidade, e isso também tem impacto em questões como a obesidade infantil. Sabe aquela criança ativa, feliz mas bem magrinha que todo mundo insiste que come como um passarinho? Especialistas indicam que ao contrário do que imaginamos, ela está fazendo certinho. Especialmente nos primeiros anos de vida, os pequenos comem o quanto basta para matar a fome – esse, inclusive, é o princípio do método BLW. Só que, com o passar do tempo, vamos desenvolvendo uma relação emocional com a comida e isso persiste até a vida adulta. É essa história a responsável por bastantes problemas de saúde e os alarmantes índices de sobrepeso.
E quando chega na hora de cuidar da alimentação dos nossos filhotes,é quase inevitável reproduzir o que vivemos e premiar a próxima colherada.
Comer com os olhos
Um estudo realizado com famílias inglesas mostrou que em muitos casos, os pais não tem ideia do tamanho das porções adequadas para as crianças e também não saberiam o que fazer se fosse necessário restringir a quantidade de alimento da turminha. Isso acontece porque o alimento ocupa um espaço nas relações que não é dele: enquanto o ideal é fazer do momento da refeição uma experiência gostosa, em que a família pode estar junta, conversar e criar um vínculo bacana, o que acontece é que acaba-se substituindo o convívio por comida, simplesmente. Sabe aquela mania de comer na frente da TV? Então, essa é uma excelente maneira de aumentar porções e esvaziar a conversa.
Na palma da mão
É verdade que calcular porções dos alimentos não é a coisa mais fácil do mundo, principalmente quando temos que dar conta de pessoinhas famintas e impacientes, então muitas vezes acabamos medindo pelo que cabe no prato. O problema é que o tamanho das porções vem aumentando e as barriguinhas não. Uma boa dica que pode ser aplicada para toda a família é medir a quantidade de cada alimento pelo que cabe na palma da mão de quem vai comer, assim a gente consegue ter uma noção se estamos exagerando no pratinho.
Mas e se ele ficar com fome?
Na maioria das vezes, isso não vai acontecer e o que vamos ter como resposta quando a criança pede mais comida é vontade mesmo, é só reparar que em geral o que vira pratão são as comidas preferidas. Por isso, esqueça a culpa!
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