A hora do papá e a criação de memória afetiva
Natal tem gostinho de quê? E de quem você se lembra quando sente o cheirinho de bolo saindo do forno? Essas memórias afetivas são fundamentais para se construir uma boa relação com a comida.
Sabe aquele momento em que você prova algum alimento e logo bate uma sensação gostosa, uma nostalgia? Pois é, a memória afetiva consegue trazer lembranças sensoriais e emocionais por meio de cheiros, sons, cores e sabores, conectado à algum momento importante do nosso passado.
No geral, essa nostalgia culinária é chamada de “memória gustativa”, porque é um sentimento saudosista sobre alguns alimentos e pratos ingeridos, principalmente durante a infância, que nos trazem boas recordações. É justamente por isso que o Gourmet Jr. se empenha em mostrar a importância de transformar a hora do papá em um momento prazeroso e sem neuras e traumas.
Entendendo o que é memória afetiva
A memória afetiva é um sentimento que está – ou estará – presente em todas a pessoas, já que se trata de sensações causadas por lembranças do passado. Nos EUA, por exemplo, a memória gustativa é chamada de comfort food (comida que desperta conforto e bem-estar ao ser consumida), por causa disso quando entramos em contato com algum pratinho que nos proporciona sensações prazerosas, esses sabores e sentimentos costumam ficar armazenados em nossa memória.
Os perigos de uma refeição traumática
Assim como o gostinho bom e tudo o que ele representa permanecem em nossa memória mesmo com o passar dos anos, a memória gustativa também pode gerar más sensações e até mesmo traumas. Isso ocorre quando os nossos filhos têm uma experiência negativa durante o papá, por exemplo, quando são forçados a ingerir alimentos. É muito provável que esta sensação permaneça ao longo da vida e cause incômodo não só pela comida, mas por toda situação vivida. Sendo assim, o modo de alimentar nossos filhotes reflete na formação dos hábitos alimentares.
Além de suprir as necessidades de nutrientes, é por meio do papá que a criança conhece texturas, sabores e sensações. Geralmente, as novas comidinhas costumam ser desafiadoras para o paladar infantil e a forma como o pratinho é apresentado para os pequenos pode fazer com que a criança fique atraída pelo papá e guarde na memória aquela experiência como um momento positivo.
Alimentação cheia de nutrição e afeto
A ideia não é fazer com que a criança perca o foco durante as refeições, mas criar um ambiente lúdico e gostoso, sem se preocupar com a sujeira que os pequenos possam fazer. Deixe-os explorar os alimentos e comer até mesmo com a mão, nessa hora também vale a pena contar histórias, criar rostinhos criativas nos pratinhos e usar utensílios especiais para ajudar nessa missão. Um papá saboroso e cheio de diversão é a receita certa para garantir uma boa memória afetiva para toda a vida.
O campeão de memórias afetivas
Para cada um de nós as festas de fim de ano tem um gostinho diferente. O Natal é, sem dúvida, o número um na geração de memórias gostosas! E não só por conta do cheirinho de peru assando no forno ou do aroma de canela que tempera muitas da sobremesas típicas do cardápio natalino. Mas também por ser uma ocasião compartilhada com as pessoas que mais amamos.
A comida acaba ilustrando esse momento com as receitas tradicionais de cada família deixando a data com um gostinho que, muitas vezes, somos capazes de sentir quando lembramos das rabanadas da Valdomira ou do cuscuz da vovó Dora.
Criando memórias natalinas
Fácil 
20 min 
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