Neném bom de garfo: 6 dicas para a introdução alimentar
Comidinhas saudáveis e rotina tranquila durante a introdução alimentar é possível! Reunimos algumas dicas para ajudar na construção do paladar do seu filhote.
Há uma infinidade de orientações para o período de introdução alimentar – fase gostosa e repleta de descobertas para os bebês. Gosto sempre de ressaltar a importância de se consultar profissionais especializados para tirar dúvidas e colher informações sobre a Introdução Alimentar. E foi com o apoio da minha nutricionista e do pediatra do filhote que eu acabei desenvolvendo alguns macetes para estimular o paladar do Santiago e criar hábitos saudáveis. Eis aqui a minha listinha:
1. Diversificar o preparo das papinhas na introdução alimentar
Além de variar a escolha dos ingredientes na hora de preparar a papinha do bebê, acredito que vale a pena revezar o modo de preparo das receitas. Papinhas preparadas com legumes cozidos no vapor são, sem dúvida, a opção mais saudável, mas se assarmos estes mesmos ingredientes com um fiozinho de azeite, o sabor vai ser bem diferente e a textura também, podendo acompanhar o peixinho grelhado do papai e da mamãe.
Já em dias mais corridos, cozinhar com pouca água pode ser a solução. Fica ainda mais gostoso se substituir a água por caldo de carne, frango ou legumes caseiros congelados ou, até mesmo, cozinhar os ingredientes em suco de laranja.
2. Ingredientes do papá dos adultos no preparo das papinhas
Tendo acompanhado de perto a dificuldade da minha mãe ao ter que preparar um prato diferente para cada integrante da família, eu resolvi que em casa essa realidade não se instalaria. Para facilitar o meu dia-a-dia, acostumei a preparar as papinhas do filhote utilizando os mesmos ingredientes que iria preparar o papá dos “adultos”.
Além de ganhar alguns minutinhos a mais na rotina, os gastos com as compras eram menores pois havia menos desperdício e fortalecemos os hábitos saudáveis da nossa família.
3. Introdução alimentar com texturas, cores e sabores
Sempre digo que o mais importante na formação do paladar das crianças é variar, variar e variar. Isso pode, em um primeiro momento, ser sinônimo de mais trabalho, mas no longo prazo, os resultados são animadores. Afinal todos os pais sonham em ter filhos que comam de tudo. Só que é nossa responsabilidade ensinarmos os nossos filhotes comerem desta forma, e isto se dá com a oferta de diferentes sabores, caprichando nos temperos frescos, oferecendo desde uma sopinha rala até pedacinhos de legumes cozidos para os bebês comerem com as mãos.
É preciso haver um equilíbrio na oferta dos alimentos, sem priorizar nenhuma textura, sabor ou cor, mas sim um pouquinho de cada. De nada adianta reclamar que os filhos não comem nada verde, se essa cor tão importante tiver sido deixada de lado no preparo das papinhas, dos sucos e do dia-a-dia da família, incluindo o seu próprio prato.
4. Apresentar os alimentos para os bebês
Quando digo apresentar, é apresentar mesmo. Fazer com que os bebês conheçam o máximo de alimentos possíveis. Tinha o hábito de contar para o Santiago todos os ingredientes que eu havia colocado no papá dele. Aqui em casa não existe esconde-esconde na comida. Os alimentos devem fazer parte da rotina das crianças e a abordagem não precisa ser feita somente na hora das refeições.
Visitas a feiras e hortifrútis pode e deve ser feita com as crianças desde pequenas. Brincar de cozinhar, deixar que eles explorem a cozinha (com supervisão, é claro), cantar musiquinhas e contar histórias, mostrar livros de receitas, decorar os pratinhos podem ajudar e muito.
5. Deixar o bebê “brincar com a comida”
Muitos especialistas em alimentação infantil não diferenciam a faixa etária na hora de sugerir a postura mais adequada a mesa. Muitos não recomendam brincadeiras na hora das refeições e sugerem que as crianças devam focar na comida por pelo menos 20 minutos. Pensando na capacidade de atenção dos bebês isto se torna algo impossível de atingir, frustrando os pais e as próprias crianças. Os bebês aprendem brincando, gostam de explorar com as mãozinhas e levam tudo a boca.
Então, porque não utilizar isso a nosso favor na hora de apresentar os alimentos, principalmente, aqueles que sofrem mais rejeição. O prazer de se sentar a mesa e desfrutar de uma refeição em família pode ser ensinado, desde que essa apresentação seja agradável do ponto de vista das crianças e de acordo com a idade. E todos podem se divertir, afinal não tem nada mais fofo que ver bebezinhos se lambuzando. Se sujar a roupa, é só lavar e se manchar, lembre-se que em breve a roupinha já não iria servir mesmo. Mas a lembrança do rostinho feliz do filhote fazendo novas descobertas ficará registrado para sempre.
6. Fazer pelo menos uma refeição em família por dia
Aqui em casa, adaptamos os horários para que possamos fazer a maioria das refeições todos juntos. Com o corre, corre do dia-a-dia, muitas vezes é na hora das refeições que a nossa família consegue se divertir todos juntos. Confesso que não foi fácil convencer o papai a jantar às 18h30, porém logo ele se convenceu de que era uma boa oportunidade para apresentar hábitos saudáveis para o filhote servindo de exemplo.
Desde bem pequenininho, o Santiago, reconhece que o que está no seu pratinho é o mesmo papá que está no nosso. Até a nossa saúde foi beneficiada com as refeições em horários mais adequados ao processo digestivo.
Confira no Gourmet Jr. receitas para a fase de introdução alimentar.
O Gourmet Jr recomenda a consulta de um profissional especializado em caso de dúvida quanto a qualquer informação disponível no portal.